A tal candidatura "perigosa" e contra a pessoa de Artur Melo

Li, claro, o que a "Verdade" diz sobre as candidaturas, em presença, aos órgãos locais do PS, no Marco.
No meu blog pessoal, elogiei, há SEMANAS, Artur Melo pela forma como saiu. Retiro o que disse. Artur Melo, que subscreveu a minha ficha de adesão ao PS, ENGANOU-ME.

e diz, na "Verdade", duas coisas lapidares : que a candidatura de Rolando Pimenta É
"perigosa" e é contra a sua pessoa (repare-se, não contra o seu projecto).
Depois dos insultos, insinuações, devassas de vida pessoal, que os "boys" de Artur Melo fizeram a quem está com Rolando Pimenta (o próprio e eu fomos pormenorizadamente investigados, com fugas de informação, de organismos diversos, a apurar a seu tempo, apetecia-me qualificar esta suprema "mania da perseguição" de Artur Melo, em termos mais científicos.
Não o faço. Porque não sou "marcoense como eles".Talvez porque, do lado de Artur Melo e da sua "entourage", expressa no blog "marcoensecomonos" e, por vezes, no "Marco hoje", está tudo dito e, ai, sim, há uma campanha negra, porque :
- É feita com "militantes de base", que na letra de um postador num desses blogs e "porta voz oficioso" de Artur Melo, teriam, há meses, pudor em passar à porta dos PS e agora são militantes ou meros "opinion makers"; então, estão no Partido ou falam em seu nome, porquê, se há tão pouco tempo o PS os "enojava"?
- É uma candidatura sem ideologia. O mesmo "porta voz oficioso" de Artur, disse em plenário de militantes e escreveu, que isso de "matriz ideológica do PS" era para intelectuais, nem ele percebia o que era, e o que interessava era os militantes. Ou seja, o tal "sindicato de votos" que Artur Melo disse nunca querer. Ideologia "para as urtigas", portanto.
- Depois, a mania da Unidade, tipo Estado Novo. Como se, em Democracia, não houvesse um tempo para unir e outro para discutir, como este, pois a unidade feita por Artur Melo e a sua "entourage" foi "à força", como efeito "eucalipto" (secando tudo à sua volta) e afastando ou obrigando a auto-afastar quem o criticava. Esse espírito está presente em quem critica quem ia a outros comícios, que não dizia "amén" aos disparates da Candidatura, mesmo, como eu, tendo a lealdade de fazer chegar as críticas ao Artur; não percebo, como quase 40 anos depois de 25 de Abril, se tem uma ideia de um PS tipo "União Nacional" ou de estalinismo : tem de se participar e dizer que se apoia, mesmo não concordando !
- É uma candidatura à maneira da pior tradição do Marco: insultos, com suspeições, xenofobia (sim, no tal "marcoensecomonos" fala-se de "famílias" com 4 gerações no Marco e da "falta" de legitimidade de outros, por não terem essas gerações": é fartar a vilanagem!), de "interesses pessoais" nunca explicitados, de usar instalações profissionais para reuniões políticas, enfim, acusações sujas e muito negras.
Vi quem estava na apresentação de Rolando Pimenta. Não vi nenhum "eucalipto" : vi um Cidadão que tem, como referiu, um projecto em mão (disse que teve outros mais difíceis) e conseguiu, congregar (e não afastar ou "secar"), aqueles que o antecederam na Presidência da CPC (sim, porque Rolando vai ganhar e ser o futuro Presidente da Concelhia).
Porque ser Democrata, Republicano, Marcoense, não é questão de declarações de princípios ou de "n" gerações de presença: é ter a capacidade para, em torno de uma ideologia, congregar , LOCALMENTE, PARA AGIR, as pessoas e não os "baronatos" .
Claro, quem tinha, há um ano, vergonha ou pudor de entrar na sede do PS (ou de lhe passar à porta), que diz que a "matriz ideológica" é para intelectuais, defende sindicatos de voto, sindicatos de interesse, questões pessoais que quer resolver na por esta via, só pode combater Rolando Pimenta. Mas podia fazê-lo com limpeza e elevação.
O PS é o espaço da Esquerda moderada, europeísta, defensora do Estado Social, tal como Rolando Pimenta, seguindo a letra da "Declaração de Princípios do PS", tão bem representa.
É essa Esquerda que não tem vergonha de o ser e não se "redescobriu" agora, oportunísticamente, como " sendo do PS", que Rolando representa.
E merece, a bem de tal, ganhar.